Temos tratado deste tópico em nosso blog e cada vez mais vemos como a tecnologia continua revolucionando as relações pessoais e de trabalho. Já temos inúmeras empresas adotando o “Home Office”, apesar de no Brasil ainda termos uma legislação trabalhista distante da evolução dos mercados globais.
Segundo o dr. Richard Baldwin*, professor de Política Econômica da Universidade de Genebra, as mudanças na tecnologia afetarão agora o setor de serviços. Nos últimos 20 anos vimos o impacto da tecnologia nas indústrias, com robôs e automações transformando os ciclos produtivos e permitindo aumento de escala. Estamos diante da “telemigração”, uma nova onda de imigração em que não é necessário cruzar fronteiras físicas!
A partir de agora, ele acredita que o setor de serviços será o mais impactado: já temos call centers longe das sedes e áreas de atuação das empresas, departamentos de TI que desenvolvem produtos e softwares em qualquer parte do mundo.
Poderíamos dizer que língua ainda é uma barreira, mas com o advento dos tradutores simultâneos, esta dificuldade poderá ser vencida. O fuso horário pode ser uma vantagem competitiva para profissionais da América Latina em relação a oportunidades nos EUA, por exemplo.
* Vejam o vídeo de Richard Baldwin, é curto. Está em inglês: "The Future o Work" acesso em 30/jan/2019
Isto abra caminho para que profissionais de qualquer parte do mundo possam prestar serviços a empresas em países diversos. Grandes desafios acompanharão esta mudança: profissionais de países emergentes podem ter sua remuneração melhorada enquanto os dos países desenvolvidos poderão ter seus proventos reduzidos; a manutenção dos direitos dos trabalhadores será cada vez mais difícil e é um ponto de alerta.
No Fórum Econômico de Davos de 2019, seu fundador Klaus Schwab alertou para nosso despreparo diante da globalização 4.0, que já começou. Como tudo, junto com os benefícios para a economia global, vêm os cuidados, especialmente para a qualidade do emprego no mundo.
Já existem plataformas internacionais de empregos “freelancer”, que permitem às empresas buscarem seus talentos em qualquer parte do mundo. Uma das maiores é a Upwork.com. Nela empresas e profissionais freelancer disponibilizam suas vagas e seus perfis, de modo que possam ser vistos em todo o mundo. São inúmeras as categoriais disponíveis: Web, Mobile, Design, Vendas e Marketing, Serviços ao consumidor, Assessoria Legal, Contabilidade, Finanças, RH, Engenharia e Arquitetura, dentre outras.
Vocês têm percebido estas transformações no mercado de trabalho? Nós, do Finanças por Mulheres, estamos acompanhando e apesar do ritmo no Brasil ainda ser lento, temos que investir muito para competir internacionalmente com países que têm dedicado muitos recursos à educação (sempre ela!). Temos que preparar as novas gerações para este desafio e não perder o "trem da história"!
Fonte da Imagem: Trabalho sem fronteira
Comments