Recompra de ações é o movimento de uma empresa adquirir suas próprias ações que são negociadas em Bolsa para custodiar em sua tesouraria, ou cancelar (retirar do mercado).
Este movimento usualmente ocorre quando a empresa tem valores em caixa, avalia que o valor das ações está abaixo do seu valor, somados a baixa expectativa de investimentos no curto prazo.
A recompra é um movimento relativamente comum, principalmente nos EUA. Qual o impacto da recompra de ações?
Quando estas ações são mantidas em tesouraria pode ser uma indicação que a empresa pretende revender em melhor momento, ganhando com diferencial de preços. Outra alternativa é serem usadas em operação de fusão e aquisição. Uma 3ª possibilidade é a distribuição como bônus para seus executivos.
Para o investidor comum, este movimento é um alerta de que as ações podem estar baratas, sendo interessante avaliar a compra.
Para quem já é acionista, o cancelamento tende a valorizar o valor da ação pois haverá menos ações disponíveis para receber dividendos, somado a valorização do papel. Mas é preciso ficar atendo se impactará em perda de liquidez.
Pelas regras do mercado de capitais no Brasil as empresas listadas podem recomprar até 10% do seu capital em circulação. É preciso avisar a CVM a intenção de recompra e o período, em geral de 12 a 18 meses.
A incerteza da economia nos últimos meses e do futuro próximo tem aumentado a solicitação de recompra.
Os programas de recompra em andamento e o histórico desde 2002 podem ser encontrados no site da B3.
Em ago/22 totaliza 129 ações, a maioria ON. Algumas empresas recompram de mais de uma categoria, como o Bradesco e Itausa (ON e PN).
Em 2021 foram 60 ações de 55 empresa. Até ago/22 eram 70 ações de 68 empresas.
O investidor deve acompanhar se as recompras ocorreram, pois muitas vezes pode ser apenas um sinalizador para movimentar o mercado.
Fonte da imagem: Maxim Hopman - Unplash for Wix
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