Um dos maiores ícones do varejo nos Estados Unidos, a centenária Sears não resistiu às mudanças no comportamento do consumidor, ao avanço do comercio eletrônico e entrou com pedido de proteção contra credores, o equivalente no Brasil ao pedido de recuperação judicial, em 15/out/2018.
Como podem ver, o mundo dos negócios tradicionais cada vez se aproxima da volatilidade do mercado financeiro, onde “rentabilidade passada não é garantia para ganhos futuros”.
A Amazon transformou o varejo como era conhecido até pouco tempo atrás. A tecnologia desencadeou disrupção em muitos segmentos tradicionais. Ninguém, nem mesmo as profissões mais tradicionais, como Direito e Medicina estão a salvo de mudanças. Vivemos em um mundo veloz, sem garantias...
Então, como fica o Varejo?
A história do varejo pode ser dividida em 4 ondas, que se assemelham ao movimento “Revolução 4.0”:
1. Lojas familiares de bairro
2. Vendas por catálogo
3. Lojas gigantes (Departamentos), como a Sears
4. Comercio eletrônico, tendo a Amazon como protagonista
Conversas com especialistas sobre o futuro do varejo têm demonstrado possibilidades e facilidades que a tecnologia pode oferecer, mas nenhuma responde à questão inicial: como ficará o varejo?
A tendência indica que serão menos lojas físicas, localizadas onde se encontram a maior parte dos consumidores, locais que possibilitam vivenciar a marca, experimentar. A própria Amazon já tem espaço físico.
Além da experiência, a loja física possibilita operações “omnichannel”, onde o cliente retira na loja uma compra feita pelo site. Ou seja, integração entre loja física e virtual. Esse tema foi o destaque do maior evento mundial de varejo que ocorreu em mar/18 em Nova York, a NRF Retail´s Big Show.
Enfim, o que se sabe é que a forma de fazer compras mudou e que o avanço das tecnologias obriga a transformar os modelos de negócios. A grande dificuldade é que “não existe receita de bolo”, cada caminho é único. E assim, cada empresa precisa buscar o seu.
As vendas online ainda têm uma fatia pequena em relação ao comercio. Em 2017, a média global estava em 7% e no Brasil em 4%. Isso não significa que as vendas vão crescer, e sim, que têm muito caminho para migração.
A pergunta que fica é se será mais fácil ou difícil pequenos comércios sobreviverem a esta transformação.
Vamos acompanhar...
Fonte da imagem: Futuro do Varejo
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