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Políticas Monetária e Fiscal na Crise 2020

Atualizado: 10 de mai. de 2020

Os planos de recuperação da economia apresentados, até abril/20, pelo governo do Brasil e de vários países e organismos internacionais, se baseiam nos princípios das políticas monetária e fiscal, que explicaremos a seguir.



A política monetária é um conjunto de instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a liquidez do mercado, ou seja, a quantidade de dinheiro em circulação. Tem como principal objetivo controlar a inflação.

Como ferramentas da política monetária temos a oferta de moeda (o quanto de dinheiro está em circulação) e a taxa de juros. Esta última afeta a oferta de crédito, uma vez que com taxas menores há maior propensão aos investimentos pelas empresas, redução do desemprego com aumento de renda e maior tendência ao consumo pela população, já que os rendimentos da poupança caem.

Em momentos de crises recessivas como a que vivemos, as medidas adotadas são expansionistas, ou seja, visam estimular o crescimento do PIB, fortemente ameaçado pela recessão global. O Brasil ainda sofria os efeitos de um alto nível de desemprego persistente, quando foi abatido pela crise do novo coronavírus. O grande risco da política expansionista seria o aumento da inflação, que tem se mantido sob controle em função do baixo crescimento econômico que vínhamos experimentando.

Já a política fiscal está relacionada ao controle das receitas e gastos do governo. Sempre ouvíamos falar que o Brasil precisava resolver o grande déficit fiscal (despesas maiores que receitas) e diversas reformas estavam em andamento para tentar reduzir o déficit e gerar recursos para os investimentos necessários ao bem estar social, como infraestrutura de saneamento, transporte público e segurança, dentre outros.

A situação se agravou de tal forma com a crise do novo coronavirus, que a meta fiscal foi abandonada e medidas de aumento significativo de gastos foram tomadas, visando em primeiro lugar a preservação de vidas, e também o estímulo da economia com a ajuda aos trabalhadores informais, que viram sua renda já pequena “desaparecer” com o isolamento social. O Bolsa Família foi ampliado e foi concedido um auxílio de R$ 600 para cada cidadão, que atenda às condições de vulnerabilidade do decreto.

Há medidas que beneficiam as empresas como o adiamento do pagamento de diversos impostos e da flexibilização dos contratos de trabalho, visando a preservação dos mesmos. Tanto o BNDES como bancos públicos e privados têm oferecido prorrogação do vencimento de empréstimos e linhas de crédito especiais.

Vamos esperar que estas medidas reduzam o impacto desta crise, trazendo um pouco de conforto aos mais necessitados e confiança aos agentes econômicos, permitindo que a o setor produtivo do país consiga superar este momento crítico, nunca antes vivenciado por todos os países do mundo, sem distinção de riqueza.


 

Fonte da Imagem: Enfrentando a crise

 
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