Cada vez mais temos que ficar atentos às mudanças nos cenários em que nossos negócios operam. Por isso torna-se mais importante ainda, que as empresas definam com clareza seus objetivos de curto e longo prazos, a fim de monitorar causas de ameaças a seu atingimento. Neste contexto, o planejamento estratégico é um exercício fundamental, pois ajuda a estabelecer um plano de ação, que serve de base para os trabalhos do dia a dia.
O conceito de estratégia surgiu nos anos 1970 e pode ser simplificado como um “plano de ação para se atingir determinado objetivo.” Em seu livro, The Concept of Corporate Strategy, de 1979, Kenneth Andrews definiu estratégia como “o padrão das decisões em uma companhia que determina e revela seus objetivos, propósitos, metas, produz as principais políticas e planos para se atingir tais metas e define a abrangência do negócio que será empreendido, o tipo de organização econômica e humana que é ou pretende ser e a natureza da contribuição econômica e não-econômica que pretende fazer em prol de seus acionistas, empregados, clientes e comunidades.”
A partir de 1980, Michael Porter incorporou o conceito de estratégia competitiva, em que ter uma vantagem competitiva no mercado produz uma diferenciação em relação aos demais concorrentes, o que agrega valor ao negócio. Uma liderança focada é essencial para que a estratégia tenha sucesso, acompanhando sua evolução e corrigindo rumos sempre que necessário.
Mas como estruturar um planejamento estratégico?
O primeiro nível é analisar o macroambiente. Fatores econômicos, políticos, tecnológicos, ambientais, legais, sociais e de mercado (concorrentes) podem interferir nos planos e no desenvolvimento do seu negócio.
Em seguida vem a análise corporativa. Tem a ver com a missão da empresa e define a abrangência de sua atuação, a amplitude dos bens e serviços oferecidos, a alocação dos recursos, o tipo de crescimento, a diversificação de produtos e/ou negócios etc.
A análise no nível empresarial foca nas diferentes unidades de negócio, visando questões de concorrência em mercados específicos.
Por fim, temos o nível funcional, representado pelas áreas de apoio (financeira, marketing, operações, recursos humanos) que se subordinam e se alinham às estratégias competitivas das unidades de negócio e da corporação.
O modelo SWOT (Strength, Weakness, Opportunities, Threats) ou FOFA (em português) é muito útil, pois faz os gestores refletirem sobre forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. As forças e fraquezas são fatores internos, que criam ou destroem valor, podendo incluir ativos e recursos financeiros e humanos. As oportunidades e ameaças são fatores externos que também podem criar ou destruir valor mas estão fora de controle da empresa.
O modelo de 5 forças de Porter, é uma ferramenta muito utilizada para se analisar os fatores externos que afetam uma empresa:
Ameaças de Entrada – representam as barreiras de entrada no setor, que podem ser financeiras, regulatórias, tecnológicas etc. É difícil para um concorrente entrar neste mercado?
Ameaça de Substitutos – pode surgir um produto serviço que tenha valor percebido maior para os clientes?
Poder de Barganha dos Compradores – eles são concentrados? É fácil para eles substituir os produtos/serviços?
Poder de Barganha dos Fornecedores – sua marca e sua indústria são relevantes para os fornecedores?
Rivalidade entre os Participantes – qual a estrutura da concorrência? O segmento está em crescimento? Como é a estrutura de custos, fixos ou variáveis? Quão forte é a competição neste setor?
Existem diversas ferramentas que também podem ajudar no desenvolvimento do seu planejamento estratégico. Depois continuamos.....
Fonte da Imagem: WIX Business GoTeam
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