Recentemente, em jun/20 um grupo de investidores internacionais que gerencia mais de US$ 3,5 trilhões em ativos, enviou carta a 8 embaixadas brasileiras, chamando a atenção para o aumento do desmatamento na Amazônia. O vice-presidente também se reuniu, em jul/20, com diversos empresários brasileiros, que demonstraram a mesma preocupação e pedem ações concretas de proteção ambiental.
Isto denota um novo padrão de comportamento dos investidores institucionais e também dos consumidores, que passam a dar mais valor a empresas e produtos sustentáveis, que colocam os fatores ASG (AMBIENTE, SOCIAL E GOVERNANÇA) como relevantes na avaliação financeira dos negócios.
O termo ASG foi usado pela 1ª vez em 2005, quando o estudo “Who cares wins”, de David Jones, foi publicado e considerado um marco desta nova era.
Para se ter uma ideia da força por trás da valorização destes conceitos, atualmente os investidores ASG representam mais de US$ 20 trilhões, cerca de 25% dos ativos gerenciados profissionalmente no mundo.
Já existem “Analistas ASG”, que se dedicam a estes setores, monitorando empresas e avaliando a consistência de sua estratégia e buscando evidências na gestão de suas operações.
O mercado já entende que a integração dos riscos ASG à cultura das empresas pode aumentar o retorno e a longevidade dos negócios. O grande desafio das empresas é conseguir a fidelidade dos consumidores.
Na Europa já houve boicote a produtos de empresas que não respeitavam o meio ambiente ou que exploravam mão de obra.
Um dos entraves para a disseminação do conceito ASG ainda é a dificuldade de se obter métricas quantitativas, mensuráveis e padronizadas, mas o que se observa é um amadurecimento gradual desta tendência.
Acreditamos que, da mesma forma que a tecnologia e a transparência já conquistaram seu espaço no mundo corporativo, também os fatores ASG terão seu lugar garantido como variáveis de sucesso e longevidade dos negócios, pois refletem como a sociedade está mudando, percebendo valor nestes fatores.
Fonte da Imagem: ASG - Ambiente, Social, Governança
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