Misery Index, significa “índice de mal-estar”, também chamado de “taxa de desconforto” relaciona os índices de desemprego e inflação, visando determinar o impacto econômico no cidadão médio.
O índice foi criado pelo economista Arthur Okun na década de 60 nos Estados Unidos como medida de qualidade de vida. É um indicador simples, composto pela soma do índice de inflação média com o desemprego de um período.
Quanto mais alto o índice, maior o desconforto.
O índice passou por modificações ao longo dos anos. A versão atual considera as alterações do economista Steve Hanks da Johns Hopkins de 2011, que publica o índice, considera também taxa de juros e PIB per capita.
Em 2020 a posição segundo o índice de Hanke:
O índice do Brasil foi de 53,4 que representa a 11ª colocação de 156 países. Lembrando, quanto mais alto o índice, pior.
No primeiro trimestre de 2021, o Brasil estava com 14,7% de taxa de desocupação e inflação média medida pelo IPCA, 5,2% anual com tendência crescente....
A Venezuela é considerada, de longe, o país mais miserável do mundo (3.287 pontos), seguida do Zimbabwe (547), em terceiro o Sudão (194).
Qual a relevância e limitações do índice?
A inflação impacta nos preços dos produtos, portanto no custo de vida. Conjugado com a aumento de desemprego, a consequência é aumentar o nível de pobreza.
Por outro lado, o índice não pode ser considerado uma medida precisa da saúde da economia. Uma inflação baixa pode ser sinal de estagnação da economia. Outro ponto é que a variação de 1% do desemprego pode ter um impacto maior que 1% de inflação.
Como todo indicador precisa ser colocado em um contexto maior, servindo como um alerta. O conceito é interessante e pode ser adaptado.
Fonte da imagem: Trabalho e Inflação
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