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Eventos Climáticos, Agronegócios e Inflação

Atualizado: 13 de jun.

À medida que os eventos climáticos extremos ocorrem, se tornando mais frequentes, muitos setores da economia serão afetados. Um dos mais importantes é o agronegócio.


As enchentes no Rio Grande do Sul ocorridas em mai/24 chamaram atenção para a produção de lavouras que ficaram comprometidas, como arroz, milho e soja. São alimentos importantes para insumo e criação de animais.


A relação entre eventos climáticos e agronegócio é complexa e multifacetada.  Vários aspectos podem afetar a inflação:

  • Escassez dos produtos, extremamente preocupante em produtos básicos como grãos, carnes e laticínios

  • Aumento de custos de produção, por ex, com combate a pragas e compra de novos equipamentos

  • Disrupção das cadeias de suprimentos, em função de dificuldade de transporte


Ainda não se sabe qual o tamanho do impacto no PIB e na inflação do evento do Rio Grande do Sul, que tem forte representatividade na economia:

  • 6,5% do PIB,

  • 12,7% do PIB do Agronegócio,

  • 8,6% de Balança Comercial, e

  • 8,6% de impacto do IPVA


Clima, Agricultura e Inflação

Segundo um estudo do Banco Central Europeu e da Universidade de Postdam, para o período 2030-60, a expectativa é que a pressão inflacionária de alimentos pode atingir 3,2% ao ano até 2035, com impacto de até 1,2% na inflação geral.


Como todo modelo matemático, as previsões do estudo podem ser realistas, otimistas ou pessimistas. Sabemos que é complexo a previsão de clima.


Para os pesquisadores, um dos impactos dos eventos extremos é que ficará mais difícil para os governos ajustarem as políticas públicas, tendo em vista a imprevisibilidade.


 

Para saber mais disponibilizamos os artigos em inglês publicado na revista Communications Earth & Environment:

 

Fonte da imagem: Freepik

 


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