Estrutura organizacional é fundamental para o crescimento da empresa, pois define as responsabilidades, facilitando o controle dos processos e resultados.
As estruturas organizacionais costumam se dividir em 3 (três) tipos, não excludentes:
Funcional, onde cada colaborador tem uma função específica, a especialização é que conta, sendo valorizada.
Unidade de negócios, se caracteriza por ser uma “empresa” dentro da própria empresa.
Matricial, possibilita duplo reporte, a um executivo de negócios e a um funcional.
Empresas menores tendem a ser funcionais. À medida que crescem, tendem a adotar o modelo de unidade de negócios. A estrutura de cada unidade de negócios é composta por funções. Como manter transferência de informação, ou seja, uniformidade de conduta, para as funções nas diversas unidades?
Surge, então, a estrutura matricial, onde profissionais com atividades que precisam de uniformidade em suas funções passam a ter duplo reporte – tanto para o executivo de unidade de negócios, como para o executivo funcional.
Vamos a um exemplo?
Um empresário abriu um restaurante que se mostrou um sucesso em curto prazo. Para expandir, resolve abrir filiais. Neste caso é facilmente identificável que cada restaurante é uma unidade de negócio diferente mas que precisam manter a qualidade da matriz.
E se neste mesmo restaurante, em vez de abrir filiais, o empresário resolve expandir vendendo congelados? Também se trata de conceito de unidade de negócios.
Uma empresa que adota a estrutura de unidade de negócios pode conter dentro de cada unidade uma pessoa, e até mesmo uma equipe em função do porte, tanto de atividades administrativo-financeiras como de produção. Esses profissionais se reportam ao principal executivo da unidade, ao mesmo tempo, precisam seguir as diretrizes da empresa para sua área de atuação.
Nesta situação é criado o duplo reporte, sendo que a área funcional tem a missão de dar as diretrizes para as funções, transferindo informação. A junção dos dois reportes caracteriza uma estrutura matricial. Nem todas as funções obrigatoriamente terão os dois reportes.
Qual a vantagem, uma vez que o funcionário tem mais de um chefe?
Pelo ponto de vista de controladoria, a unidade de negócios se beneficia pela facilidade de determinar a participação do resultado. Os custos e despesas são diretos da unidade, evita discussões de custos de transferência que são cansativas e pouco produtivas pois dificilmente agregam eficiência e eficácia ao processo, além de não reduzir custos.
Mas o principal benefício está no contato direto com o mercado, agilidade e qualidade nos processos, por exemplo na contratação de um funcionário, que terá um perfil mais aderente ao que deseja o principal executivo, e não precisará ficar em “fila de espera” em uma área de recrutamento e seleção centralizada.
A grande desvantagem da estrutura matricial é que mascara duplicidade de funções, pois ficam espalhados pela organização, podendo gerar ociosidade em algumas unidades de negócios.
Como se dá na prática o controle?
A base da controladoria está na contabilidade, com o desenvolvimento de um bom plano de contas, que é composto de contas contábeis e centros de responsabilidade.
Contas contábeis se relacionam com a natureza do gasto/receita
Centros de responsabilidade indicam onde gastos/receita ocorreram, se dividem em centros de resultado, custo, receita e investimento
Vale a pena investir tempo e profissionais de qualidade nesta função que parece básica, mas que precisa de um entendimento de estrutura organizacional, pontos importantes a serem controlados, e visão de futuro. É uma atividade pontual cujo benefício se mantem no longo prazo.
O passo seguinte seria o detalhamento das funções e dos processos. Mas este será assunto de outros posts...
Nós, do Finanças por Mulheres temos muita experiência podendo ajudá-los a estruturar a empresa para um crescimento sustentável, através de boa controladoria. Fale conosco!
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