Estratégia é comumente definida como um plano de ação para se atingir determinado objetivo. Este objetivo pode ser da empresa como um todo, de um setor ou até mesmo de um produto ou serviço específico. Toda empresa busca uma estratégia para diferenciar seus produtos e serviços e assim se tornar relevante para seus consumidores.
Nunca a estratégia foi tão importante para os negócios! A pandemia acelerou as mudanças e vemos todos os entes de mercado mudando seus comportamentos. Mas como planejar num mundo menos previsível? As teorias até então utilizadas ficaram obsoletas?
Acreditamos que não!
Nos modelos tradicionais de planejamento estratégico, era fundamental iniciar a análise com os fatores, externos, do macroambiente, como economia, política, sociedade, tecnologia, meio ambiente e regulatório. Em seguida avaliava-se o ambiente setorial, explorando expansão geográfica, amplitude dos bens e serviços oferecidos, alocação de recursos em cada unidade de negócio. Estes fatores são ainda mais relevantes atualmente!
O modelo SWOT, creditado a Albert Humphrey, líder de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, é uma das mais disseminadas ferramentas de planejamento. As equipes se reúnem para identificar as FORÇAS , FRAQUEZAS, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS do negócio. Forças e fraquezas são características internas e as oportunidades e ameaças são fatores externos ao negócio. Continuam sendo um guia para o planejamento.
O que mudou?
Mudou a forma de olharmos para as variáveis e, principalmente, de entendermos que o passado não é mais o melhor parâmetro para se projetar o futuro.
Mudou também a velocidade de acompanhamento das metas e a relação com todos os stakeholders.
A previsibilidade dos cenários não é mais a mesma, visto que aceleração das mudanças tecnológicas tem levado à disrupção, ao surgimento e desaparecimento de diversos negócios. O planejamento deve ser mais ágil, com reavaliações em prazos menores, priorizando os objetivos de curto prazo, sempre observando o mercado e corrigindo erros rapidamente e, mais importante, aprendendo com eles.
Dentre as variáveis a serem acompanhadas de perto, destacamos o comportamento do consumidor, que devido à crise, transformou totalmente sua forma de consumir, valorizando o e-commerce, os meios de pagamento digital, seu bem estar e de sua família, a educação à distância, a telemedicina, delivery e versatilidade em sua casa, que passou a ser home office, dentre tantos outros. Quantos negócios foram pegos de surpresa? Quem se saiu melhor, já vislumbrava estas mudanças ou foi mais ágil em adotá-las.
Outro ponto de atenção é a cadeia de suprimentos, evitando-se dependência de um único fornecedor, buscando novas parcerias vantajosas para todas as partes. A confiança é um fator primordial nesta relação.
A tecnologia passa a ser a “estrela-guia” de qualquer planejamento. Começando por uma base de dados robusta e confiável, que permita o acompanhamento dos negócios e dos resultados. Segurança de dados e foco na inovação já são uma prioridade. Ter informação de qualidade e de forma estruturada, é um diferencial do qual as empresas não podem abrir mão.
O desenvolvimento e o engajamento das equipes trará mais diversidade nas contribuições, aumentando o espectro de opções e visões sobre o ambiente atual e futuro.
A participação das lideranças como vetores da disseminação da cultura, dos propósitos e dos objetivos da organização, manterá a motivação das equipes, estimulando a discussão de novas ideias, a comunicação entre áreas e o aprendizado constante.
Para que o planejamento estratégico continue sendo um instrumento importante e um veículo para a longevidade do negócio, a organização tem que se manter aberta para novas visões de futuro, estimulando seus colaboradores a inovar, ficando atenta aos riscos e oportunidades que toda esta transformação proporcionará.
lembre! Sempre é um bom momento para repensar a estratégia!
Fonte da Imagem: Estratégia
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