Imóvel é o investimento de tradição no Brasil. Se você tem algum imóvel para gerar renda sabe que existem custos, impostos e riscos que precisam ser considerados, pois afetam o retorno esperado.
Vamos elencar alguns, sem esgotar a lista:
Custos de administradora, no caso de contratação, que reduzem a receita
Impostos recorrentes: renda, IPTU
Riscos de vacância, o que obriga a ter reserva para ITPU e condomínio que não param.
Inadimplência é outro risco importante a ser considerado, bem como os consequentes custos jurídicos para retirada do inquilino.
Necessidade de modernização periódica do imóvel. O valor do aluguel se reduz com a degradação, além disso influenciam na agilidade em alugar.
Risco de (des)valorização, principalmente de localização, para o bem e para o mal.
Risco de liquidez, que é a dificuldade de vender o imóvel na rapidez e valor que se deseja.
Uma forma de aplicar em imóveis minimizando estes custos e riscos é aplicando em fundos imobiliários (FIIs), diversificando o portfólio de investimentos financeiros.
Segundo a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) as captações de fundos imobiliários são destinadas à aplicação no mercado imobiliário. São administrados por uma instituição financeira que pode constituir o fundo e captar os recursos de investidores através de cotas.
A maior parte dos FIIS tem tempo indeterminado e o investidor se quiser sair terá a opção de negociar na Bolsa de valores (B3), no mercado secundário. No final de março/21 existiam 347 alternativas de FIIS listadas na Bovespa.
Existem várias categorias de FIIS no Brasil, todas se relacionam ao mercado imobiliário.
Caso se interesse em aplicar fique atento às particularidades, pois alguns são mais arriscados que outros. Os fundos que têm a posse dos imóveis são conhecidos como “tijolos”. Outros são papéis do setor imobiliário como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Também é possível encontrar os híbridos.
Os riscos dos fundos imobiliários são os mesmos do imóvel próprio, além dos habituais do mercado financeiro. Então por que investir nesta categoria?
As principais vantagens são:
Possibilitam investir no mercado imobiliário em condomínio, com valores menores, em empreendimentos em que não se conseguiria habitualmente participar, como shoppings e galpões.
Diversificação no portfólio de investimentos, até mesmo na própria categoria.
Isenção de imposto de renda para pessoa física nos dividendos
Maior liquidez que o imóvel físico, a maior parte dos produtos podem ser negociados em cotas na Bolsa de Valores (B3), e vendidos fracionados.
Gestão profissional, cuja remuneração é feita através de taxa de administração.
Resumindo, esta é mais uma opção de diversificação de investimentos, já que o mercado financeiro em geral vive momentos difíceis desde o início da pandemia. Recomendamos sempre se informar bastante antes de tomar a decisão. É importante que sua carteira esteja adequada ao seu perfil de risco e planos futuros.
Para saber mais: Taxa Selic x Fundos Imobiliários em ago/21
Para acompanhar Fundos Imobiliários:
Fonte da Imagem: (1) Fundo imobiliário (2) Freepik by Sentavio
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