Devo comprar ações?
Esta é uma pergunta bastante comum entre nossas clientes de educação financeira. Ainda mais quando a bolsa começa a subir e os amigos começam a comentar. Só que nesta hora, apesar de ainda haver a possibilidade de ganhos rápidos, o melhor momento já passou...
Ações podem ser ótimos investimentos, só que precisam de conhecimentos técnicos, dedicação e acompanhamento constante, caso deseje montar sua própria carteira. Buscar comprar na baixa e vendendo na alta. E ter em mente uma carteira de longo prazo.
Quais seriam os conhecimentos técnicos necessários?
Ações costumam ser avaliadas por duas metodologias, a técnica e a fundamentalista.
A análise fundamentalista analisa os demonstrativos financeiros da empresa, seus indicadores financeiros, verifica a saúde financeira da empresa. Exige conhecimento de contabilidade para interpretação. Visa investimentos de longo prazo, para investidores com perfil de menor tolerância a risco.
A análise técnica se baseia em informações de preços e volumes, gerando gráficos que permitem avaliar visualmente o comportamento das ações. Para melhor entendimento, é desejável conhecimento básico de estatística. É usada nas operações mais curtas, até mesmo de minutos. O investidor tem perfil arrojado.
Os bancos e corretoras têm departamentos para análise destes dados, investem pesadamente em grandes bancos de dados. Desenvolvem algoritmos sofisticados que contém dados do ambiente macroeconômico e dos diversos mercados, tanto nacionais como internacionais.
É muita informação para ser processada. Por isso, é difícil operar no dia a dia, exige tempo, mesmo para quem tem conhecimento das técnicas.
Então, o que fazer?
Nós do Finanças por Mulheres, apesar do conhecimento técnico, não temos equipe para todo este acompanhamento.
Sugerimos para quem está iniciando nesta área a aplicação em fundos de ações. Este passo é importante até para entender o “apetite a risco”. Fundos são carteiras de ações, e mesmo assim podem oscilar muito e ter perdas.
Existem muitos fundos de ações, com maior ou menor risco. O investidor precisa estar ciente que o risco das ações é maior do que o de investimentos em outros tipos de fundos e no tesouro. Alguns fundos são mais arrojados que outros.
Investir em ações para a maior parte dos investidores que não opera no mercado financeiro deve ser visto como investimentos de médio a longo prazo. Oscila muito. Tem que ter paciência para perdas, que às vezes demoram a ser recuperadas.
No Brasil, tem sido muito difícil, em função da crise econômica e política. As mesmo tempo surgiram oportunidades incríveis como Magazine Luisa, cuja ação valorizou incrivelmente devido ao sucesso de sua transformação digital.
O mercado tem muitas possibilidades. É preciso avaliar os custos, riscos e planos de longo prazo para a tomada de decisão. No caso de dúvidas, procure um profissional que atue como "Médico da família" para orientação.
Fonte da Imagem: (1) Wix Images Stock Market Down, (2) Wix Images Newspaper
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