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Coronavírus - Crise Disruptiva

Atualizado: 30 de jun. de 2021

Todo o mundo foi surpreendido pela crise gerada pela disseminação agressiva do novo coronavírus. Queda abrupta da atividade produtiva e consequentemente nas bolsas de valores provocam perda de valor para toda a sociedade.


Velocidade da mudanças causada pelo coronavírus em 2020

Ainda é cedo para estimar, mas todos os países do mundo observarão queda no PIB. Medidas estão sendo tomadas pelos governos, mas o foco principal é na preservação de vidas.


Uma crise que afeta a todos igualmente, num mundo interconectado, envolvendo a saúde e a vida sem distinção de classe social e lugar, não tem precedentes na história.

Observamos simultaneamente choques de oferta (queda da produção) e de demanda (queda da procura). A produção está sendo afetada pelos gargalos logísticos e fechamento de fábricas em função da mão de obra , além da redução nos investimentos. Pelo lado do consumidor, observamos uma queda na confiança (por ex: medo de perder o emprego) que afeta seu potencial de consumo, também reduzido pela quarentena.


Todos os setores da economia serão afetados mas de formas diferentes.

O setor de serviços, que inclui o comércio, será fortemente afetado pela restrição de mobilidade e pelo fechamento compulsório dos estabelecimentos. Bares e restaurantes estimam perda de até 30% no faturamento. O setor de aviação civil e hotelaria têm perdas gigantescas.


A indústria também é afetada tanto pela redução da demanda, mas também pela eventual quebra da cadeia de suprimentos (falta de matéria prima) e pelo fechamento de fábricas para garantir a segurança dos funcionários. Sem falar no impacto do custo dos produtos importados com a alta do dólar.


As exportações dependerão da retomada econômica da China, após a desaceleração industrial e dos preços internacionais. As commodities terão o benefício do câmbio favorável mas poderão enfrentar aumento do custo de defensivos agrícolas e vacinas. O minério de ferro e o petróleo deverão sofrer com a retração de demanda global e queda no preço, em especial do petróleo. Este último ainda gerará redução nas receitas de royalties de estados e municípios.


O setor que desponta como o de maior destaque é o de tecnologia, que já tem sido a base para a disrupção em diversos setores (transporte, entretenimento, etc.).


A crise acelerou a utilização de novos modelos de negócios e organização das empresas.

O home-office, antes restrito a poucas empresas e funções ganhou relevância e chegou para ficar. O impacto desta mudança será enorme, tanto em termos de recursos humanos quanto na necessidade de espaços físicos.


Home Office

Muito provavelmente o setor imobiliário comercial sofrerá, pois as empresas já observam na prática que não é necessário todos estarem juntos ao mesmo tempo para se manter o negócio.


Reuniões são feitas online, escritórios podem estar em qualquer região geográfica e ferramentas de comunicação e de transmissão de dados passam a ser essenciais. Por outro lado, estas mudanças gerarão necessidades de revisão de processos e novas formas de avaliação pessoal de desempenho.


Outro exemplo é a expansão do ensino a distância, antes limitado a poucas faculdades e cursos de especialização. Com a crise, sua utilização já está sendo feita desde o ensino fundamental, tanto na rede privada quanto na pública. Isto pode ser um marco na universalização da educação!


Enfim, toda a sociedade sairá mais amadurecida depois desta crise: governos, empresas e sociedade já demonstram mudança de propósito, focando no bem estar e na solidariedade.


Vamos juntos superar esta crise, que, sem dúvida, vai mudar nossa forma de encarar a vida, o trabalho, as relações interpessoais e os cuidados com nossa saúde!

 

Fonte das Imagens: (1) Unplash foi Wix - Marc Liver Jodoin (2) Wix White Meeting Room

 

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